A cada passo do desenvolvimento humano, as potencialidades expressivas foram tanto encontrando novas formas de se materializarem como foram fechando caminhos atravessados. Atitudes tradicionalistas, nostálgicas e com medo do futuro (tecno-fobia) ou, pelo contrário, atitudes de fuga-para-a-frente numa total cegueira por desenvolvimentos tecnológicos (tecno-mania) são ambas posições desequilibradas. Importa antes, parece-me, irmos tentando perceber o que se torna possível com esta ferramenta, o que se ganha e perde ou molda conforme as opções... Todas as tecnologias - desde a capacidade de agarrar num pedaço de carvão e esfregá-lo contra uma superfície até à de pousar ao de leve a ponta do dedo numa superfície táctil interactiva - permitem leques eterna e incessantemente florescendo.
Esta é apenas uma curiosidade, mas que nos pode pôr a pensar profundamente o que permite: um brevíssimo exercício fetichista? Uma forma estranha de permitir uma educação alargada? Uma mera imitação superficial? A subsunção subserviente de uma tecnologia por outra? Ou antes o seu salvamento, ainda que passe por uma profunda transformação não apenas material, experiencial, mas igualmente ontológica? Seria possível pensarmos em forma de pensar/trabalhar ao contrário, conseguindo com as tecnologias tradicionais da tipografia emular produções digitais? Isso interessará? E é apenas pirotecnia de feira ou um método genuíno da disciplina?
Seja como for, é mais um instrumento nas mãos de quem o desejar.
Senhoras e senhores, a LetterMpress (link), ou, uma Macprensa.
Sem comentários:
Enviar um comentário